segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Ode à Capitu

Ah, Capitu!
Musa de Machado,
Deusa de Bentinho,
Amiga de Escobar,
Minha razão de viver.
Embebedo-me em meio aos teus olhos de ressaca,
E me imagino navegando no mar de teu coração.
Quem me dera pentear-te os cabelos,
Fazê-los em duas tranças longas,
Que se unem numa só,
Formando a unidade do meu amor.
Oh, olhos de cigana oblíqua e dissimulada,
Observes o quanto vos admiro,
E o quanto me sinto feliz,
Quando vos lançam a mim.
Ah, pudera eu entrar no clássico,
Atravessar a porta dos quintais,
E ver-te cosendo o vestido azul.
Queria eu, ter nascido anos antes,
Para, de tua boca, sentir o sabor.
Não vá, pequena Capitu
Fique para sempre ao meu lado,
Guiando-me com tua luz,
Na escuridão da vida.
Não vá.
Pois, quando fores,
Levarás contigo,
Minha razão de viver.

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