Relógios do mundo, parai.
Rotação dos astros, cessai.
Deem-me a chance de poder respirar.
Tempo, que passa como luz,
Vida que nasce morrendo,
Deem-me a chance de poder amar.
Tu, imperialista universal,
Inevitável a qualquer matéria,
E até mesmo à ausência dela,
Seja digno de teu nome e dê-me tempo.
Tempo, eu quero tempo,
Antes que o tempo mude,
E desça, molhando nosso solo gasto,
As lágrimas de um povo que clama por liberdade.
As folhas caem, as flores brotam,
Enchendo de alegria todo o jardim.
O outono chega, e os troncos ficam nus.
A chuva cai, desce o leito fluvial,
Deságua no oceano e evapora,
Levando consigo nossas tristezas e decepções.
Tu, e somente tu, és capaz de fazer com que,
Dos primeiros grãos de terra
colocados sobre o galho do ipê,
Venha a nascer o castelo do João-de-barro.
O menino nasce, e tu fazes com que ele cresça,
Mais e mais e mais e mais,
Envelhecendo graças a tua impiedade.
És bom e ruim, és pacato e severo,
És indesejado e necessário.
Tu, tempo que agora passa,
Voando de asas abertas sobre todos,
Soprado pelo vento que vem de lá,
Anuncias o pôr do sol e o nascer da lua.
É preciso, entretanto, aprender a te amar,
Chegando assim ao segredo do saber viver.
Levas nossos amores, nossas dores,
Nossas dúvidas e certezas,
E nos prepara a cada dia para sermos,
Apesar de tudo,
Mais fortes, sábios e felizes.
E, sentado na cadeira do escritório,
Eu, na condição de teu escravo,
Aprendi que é preciso tempo para lidar com o senhor.
Peço-te um pouco de paciência.
Pois agora eu fujo do tempus fugit.
Rotação dos astros, cessai.
Deem-me a chance de poder respirar.
Tempo, que passa como luz,
Vida que nasce morrendo,
Deem-me a chance de poder amar.
Tu, imperialista universal,
Inevitável a qualquer matéria,
E até mesmo à ausência dela,
Seja digno de teu nome e dê-me tempo.
Tempo, eu quero tempo,
Antes que o tempo mude,
E desça, molhando nosso solo gasto,
As lágrimas de um povo que clama por liberdade.
As folhas caem, as flores brotam,
Enchendo de alegria todo o jardim.
O outono chega, e os troncos ficam nus.
A chuva cai, desce o leito fluvial,
Deságua no oceano e evapora,
Levando consigo nossas tristezas e decepções.
Tu, e somente tu, és capaz de fazer com que,
Dos primeiros grãos de terra
colocados sobre o galho do ipê,
Venha a nascer o castelo do João-de-barro.
O menino nasce, e tu fazes com que ele cresça,
Mais e mais e mais e mais,
Envelhecendo graças a tua impiedade.
És bom e ruim, és pacato e severo,
És indesejado e necessário.
Tu, tempo que agora passa,
Voando de asas abertas sobre todos,
Soprado pelo vento que vem de lá,
Anuncias o pôr do sol e o nascer da lua.
É preciso, entretanto, aprender a te amar,
Chegando assim ao segredo do saber viver.
Levas nossos amores, nossas dores,
Nossas dúvidas e certezas,
E nos prepara a cada dia para sermos,
Apesar de tudo,
Mais fortes, sábios e felizes.
E, sentado na cadeira do escritório,
Eu, na condição de teu escravo,
Aprendi que é preciso tempo para lidar com o senhor.
Peço-te um pouco de paciência.
Pois agora eu fujo do tempus fugit.
Oi, Marcinho!
ResponderExcluirMais uma pérola.
Eu tbm quero tempo...
Bjos.
Tia Lu
Obrigado tia Lu, pela atenção com meus humildes textos. Beijos
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