domingo, 17 de janeiro de 2016

Canção do horizonte

Eu sou o horizonte calm
Que nasceu pra dividir as coisas.
Divido o beijo azul do céu e mar,
Divido Adamastor dos portugueses,
Divido o real do ilusório,
Enfim, divido a terra do espaço.
Não caibo num único lugar,
Porém estou em tudo facilmente,
Atrás das montanhas e colinas,
Escondo o meu sorriso entre o ar que passa,
De leve, manso, belo e devagar.
Escondo em mim algumas travessuras,
Os mares nunca dantes navegados,
Fazem de mim sua torre e fortaleza.
E assim vivo, perambulando aqui,
E ali já cansado de tudo e de todos,
De vagar devagar por vossas vidas,
Dividindo-as como a régua longa,
Que Deus passa em volta do universo.
Porém ainda existo simplesmente,
Por ser atraente aos navegantes,
Que com suas forças e navios,
Invadem-me sem nem pedir licença,
Descobrindo o que eu um dia,
Guardei com enorme carinho.

 

 

 

 

 

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