Dos mares, o negro óleo já tomou conta.
Das geleiras, a saudade, pois já não mais existem.
Dos riachos, vaga lembrança, pois secaram.
Das cachoeiras, escorrem tristezas, pneus e lixo.
Do filtro de barro, não sai uma só gota.
O que resta, se quiseres beber algo,
é olhar o horizonte seco,
o céu sem nuvens,
a brisa da esperança sendo destruída pelo furacão da
realidade,
e chorar.
Chorando, as lágrimas do mundo mataram a sua sede.
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